07/06/2011

Trabalhadores são resgatados de trabalho análogo a escravo

     Nove trabalhadores foram resgatados pela Fiscalização Móvel do MTE quando atuavam na costrução de rede elétrica pela empresa Eplan para execução de obras do programa Luz para Todos do governo federal. Os trabalhadores foram encontrados alojados em palafitas sem condições de higiene e segurança. O fato aconteceu no município de Guarajá Mirim (RO) na fronteira com a Bolívia durante o período de 23 de março a 1.º de abril.
     Além das condições precárias do alojamento, os fiscais ainda constataram que o grupo não foi treinado para atividade que exerciam, que por sua vez, os submetia a atividades de alto risco, como o manuseio de fios de alta tensão - além de estarem submetidos a intempéris e ao riscos provinientes da mata nativa da amazônia.
     Diante da precaridade dos serviços de fiscalização, é triste imaginar a situação de muitos brasileiros que ainda se encontram submetidos a trabalho escravo. Pior do que isso, é imaginar que uma empresa contratada para executar uma obra do governo ainda se enquadra no trabalho escravo. De resto, falta as explicações de como tal empresa consegue vencer um processo licitatório.
     Se por um lado existe um instrumento do governo que busca coíbir o trabalho escravo, do outro está o próprio governo permitindo que empresários e políticos gananciosos, corruptos e ladrões, se utilizem da carência e da miséria do brasileiro para submetê-los a este tipo de trabalho. Como imaginar em pleno século XXI uma sociedade permitir a existência de trabalho degradante? porque é assim que o Brasil se econtra nesse momento e cabe ao governo não só multar a empresa (Eplan) que criou este cenário, como também investigar e punir os responsáveis do poder público que permitiu que tal situação acontecesse.

Fonte: Assessoria de Imprensa do MTE

Um comentário:

José Augusto disse...

É QUASE IMPOSSIVÉL ACREDITAR QUE NOS DIAS DE HJ AINDA ESTEJA ACONTECENDO ESTE TIPO DE COISA, MAIS ESSES SÃO A MAIORIA DOS EMPRESÁRIO VISANDO SÓ A RENTABILIDADE E O RESTO QUE SE LIXE.